O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22/11/2025) pela Polícia Federal (PF). A ordem foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da própria corporação.
A medida é cautelar e não se trata ainda do cumprimento definitivo da pena de 27 anos a que foi condenado em setembro.
A PF argumentou que havia riscos imediatos à ordem pública.
A decisão foi motivada, principalmente, pela convocação de uma “vigília” pelo senador Flávio Bolsonaro em frente à residência do pai. As autoridades avaliaram que o ato poderia gerar aglomerações perigosas, risco a terceiros e tumulto, configurando uma tentativa de mobilização que violaria as restrições judiciais.
Em setembro de 2025, Bolsonaro já havia sido condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Ele aguardava a conclusão dos recursos (trânsito em julgado) em liberdade condicional ou prisão domiciliar. A defesa havia solicitado recentemente a manutenção da prisão domiciliar por questões de saúde (“prisão domiciliar humanitária”), mas o novo decreto de prisão preventiva suspende essa condição momentaneamente diante do risco alegado.
Bolsonaro foi encaminhado para uma “Sala de Estado” na Superintendência da PF, um espaço reservado para autoridades de alto escalão. Ele deve passar por exames de corpo de delito e audiência de custódia, enquanto a defesa tenta reverter a medida no STF.









