O Ministério da Justiça e Segurança Pública formalizou a demissão dos delegados de carreira Alexandre Ramagem e Anderson Torres dos quadros da Polícia Federal (PF).
A medida cumpre uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), após o trânsito em julgado das ações penais em que ambos foram condenados por participação na trama golpista que visava interromper a transição democrática no país.
Alexandre Ramagem, delegado da PF, foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e, mais recentemente, cumpria mandato como deputado federal (PL-RJ). Sua demissão da PF e a cassação de seu mandato parlamentar foram ordenadas pelo STF.
Anderson Torres, delegado da PF, foi ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Com o esgotamento dos recursos para as defesas no STF, o Ministro Alexandre de Moraes determinou o início imediato do cumprimento das penas e a perda dos cargos públicos, o que foi formalizado pelo Ministério da Justiça.
A demissão implica a perda definitiva do cargo de delegado da Polícia Federal, que era o vínculo de carreira de ambos com o órgão. No caso de Ramagem, o STF também determinou a emissão de mandado de prisão e o registro de sua inelegibilidade, além da comunicação à Câmara dos Deputados sobre a perda do mandato.









