Foto: Paulo Rocha

Debate

Ações sobre meio ambiente marcam segundo dia da Assembleia Itinerante

Os debates da manhã encerraram com atividade promovida pela Procuradoria Especial da Mulher da Alece, que debateu com os participantes a Lei Maria da Penha e a violência contra a mulher

Em 2024, o tema adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a campanha alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente 2024 é “Acelerar a Restauração da Terra, a Resiliência à Seca e o Progresso da Desertificação”. Para refletir sobre a temática, o Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) promoveu palestra seguida de debate na manhã desta terça-feira (04/06). A programação fez parte do segundo dia da oitava edição do projeto Assembleia Itinerante, que acontece no município de Canindé.

Com o tema “Quais saídas para a superação da crise climática?”, a palestra foi ministrada pelo assessor da Fundação Cultural Educacional Popular em Defesa do Meio Ambiente (Cepema), Rafael Tomyama, e Cristina Feitosa, engenheira agrônoma do Movimento Sem Terra (MST).

Conforme Rafael Tomyama, a crise climática é hoje caracterizada como situação de “emergência”. “Crise seria a situação que vivíamos há alguns anos. Atualmente, vivemos uma situação bem mais contundente, que se relaciona com esses eventos extremos, como as enchentes do sul e o processo de desertificação aqui no Nordeste”, explicou.

A discussão seguiu com a participação dos estudantes do curso de Agroecologia da Escola de Ensino Médio Filha da Luta Patativa do Assaré, de Canindé, em debate sobre temas como produção de alimentos, uso sustentável dos solos, economia de recursos e outros.

“Trouxemos uma reflexão sobre como proceder, num primeiro momento, uma adaptação climática, entendendo ser um fenômeno que teremos que conviver com ele, e o que a sociedade e, principalmente, os governos podem fazer nesse processo de convivência”, explicou Tomyama.

A prefeita de Canindé, Rosário Ximenes, também assistiu à palestra e reforçou a importância a discussão, especialmente para os moradores do campo. “Aqui em Canindé temos algumas escolas de campo, pois sabemos da importância desse tipo de discussão. Temos problemas com nosso solo, chove pouco, então estamos sempre buscando alternativas para melhorar a qualidade do nosso ambiente e da vida da nossa população. Discussões como essa são muito bem-vindas”, elogiou.

Os debates da manhã encerraram com atividade promovida pela Procuradoria Especial da Mulher da Alece, que debateu com os participantes a Lei Maria da Penha e a violência contra a mulher. A conversa foi mediada pela psicóloga Lisa Tavares, a advogada Catarina Clares e o psicólogo Erlito Rabelo.

OUTRAS ATIVIDADES

Durante o dia, outras ações voltadas para a temática estão sendo realizadas. Na praça Cruz Saldanha, ou Praça Azul, como é conhecida pelos canideenses, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) está realizando a distribuição de mudas, além de material educativo e rodas de conversa com alunos de escola pública sobre educação ambiental.

O Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Alece promove, no período da tarde, bate-papo com representantes das cozinhas solidárias locais, para discutir a participação do Sertão de Canindé no programa Ceará Sem Fome. Outro debate do conselho envolve os membros do setor produtivo da Apicultura, para compreender as demandas do setor na região.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Durante o dia, outras ações voltadas para a temática foram realizadas. Às 14h, a Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Alece realizou audiência pública, onde foi debatida a situação da infraestrutura hídrica do Sertão de Canindé.

O deputado Missias Dias (PT), membro do colegiado, presidiu a audiência e destacou que o objetivo é debater a situação dos açudes Cangati, Piedade e São José, e a aceleração da construção do ramal leste do Cinturão das Águas, todos parte da infraestrutura hídrica da região.

“A necessidade de discutir esses projetos, muitos ainda no papel, foi apontada nos estudos feitos pela própria Alece, em 2022 e 2023 por meio do projeto Move Ceará, então estamos aqui dando continuidade, dialogando com as autoridades e buscando formas de garantir segurança hídrica para a população da região”, disse.

O debate aconteceu no anfiteatro J. Ratinho, localizado na Praça dos Mestres, e contou com a presença de representantes da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), da Cagece, da Funceme, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Alece, e outros.

Já na praça Cruz Saldanha, ou Praça Azul, como é conhecida pelos canideenses, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) realizou a distribuição de mudas durante toda a manhã, além de material educativo e rodas de conversa com alunos de escola pública sobre educação ambiental.

O Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Alece também promoveu, na parte da tarde, bate papo com representantes das cozinhas solidárias locais, para discutir a participação do Sertão de Canindé no Programa Ceará Sem Fome. Outro debate promovido pelo conselho envolveu os membros do setor produtivo da Apicultura, para compreender as demandas do setor na região.

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