Reajuste

Bolso Cheio: Governo oficializa salário mínimo de R$ 1.621 para 2026

Segundo estimativas do Dieese, o reajuste deve injetar cerca de R$ 81,7 bilhões na economia brasileira ao longo de 2026

O Governo Federal publicou nesta semana, no Diário Oficial da União, o decreto que fixa o novo salário mínimo em R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026. O reajuste representa um aumento de R$ 103 (ou 6,79%) em relação aos R$ 1.518 vigentes em 2025.
Por que esse valor?
O cálculo seguiu a Política de Valorização do Salário Mínimo, que busca garantir ganho real ao trabalhador. O reajuste é a soma de dois fatores: inflação(INPC): 4,18% (referente aos 12 meses acumulados até novembro de 2025).
Aumento Real: 2,5%, baseado no crescimento do PIB de 2024 (limitado pelo teto do arcabouço fiscal).
Embora a previsão inicial no Orçamento fosse de R$ 1.631, o valor final ficou em R$ 1.621 devido ao fechamento oficial dos índices de inflação.
O que muda na prática?
O salário mínimo é o “termômetro” de diversos benefícios e obrigações no Brasil. Veja os novos valores:
Aposentadorias e Pensões (INSS): O piso previdenciário passa a ser de R$ 1.621.
BPC/LOAS: Idosos e pessoas com deficiência de baixa renda também recebem o novo valor.
PIS/Pasep: O abono salarial terá o teto de R$ 1.621 para quem trabalhou os 12 meses do ano-base.
Seguro-Desemprego: O valor mínimo pago ao trabalhador será de R$ 1.621.
MEI (Microempreendedor Individual): A contribuição mensal (DAS) também sobe, pois o cálculo do INSS é baseado em 5% do mínimo.
Impacto na Economia
Segundo estimativas do Dieese, o reajuste deve injetar cerca de R$ 81,7 bilhões na economia brasileira ao longo de 2026. Por outro lado, para o Governo, o aumento gera um impacto de aproximadamente R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias, já que muitos benefícios sociais são atrelados ao piso nacional.

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