O Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), trata, atualmente, 937 pacientes com diagnóstico de câncer. Desse total, 37 são de ovário, o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, ficando atrás apenas do de útero. No equipamento que fica em Limoeiro do Norte, o câncer de ovário está na quarta posição em incidência, atrás do de mama, de colo do útero, de pele não melanoma e de tireoide.
O médico oncologista do HRVJ, Jefferson Oliveira, explica que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer mata cerca de quatro mil mulheres por ano. “E há uma expectativa de mais de sete mil novos casos por ano, logo temos que ter muita atenção em relação a esse diagnóstico e a essa mortalidade”, destaca.
O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário, é o que diz o INCA. A primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos) podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.
Sintomas e detecção
Já que na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos, é preciso cuidar da prevenção. Por isso é importante fazer acompanhamento ginecológico de rotina. “Esse câncer é mais prevalente entre mulheres jovens, entre 30 e 40 anos, e o nosso desafio está em dar o diagnóstico precoce”, diz Jefferson Sales. Quando mais cedo for feita a detecção, maior o sucesso do tratamento.
À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre, diarreia, falta de apetite, desejo de urinar com mais frequência, cansaço constante e/ou massa palpável no abdômen.
Joelton Barboza – Ascom HRVJ –