Fuga

Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques rompe tornozeleira e é preso no Paraguai

Com a violação das medidas cautelares e a tentativa de fuga internacional, a liberdade provisória de que gozava enquanto aguardava recursos deve ser revogada imediatamente, com a conversão para prisão preventiva

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na madrugada desta sexta-feira (26 de dezembro de 2025) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, no Paraguai. A detenção ocorreu no momento em que ele tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, na América Central.
De acordo com informações confirmadas pela Polícia Federal (PF), Vasques rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava por determinação judicial em Santa Catarina, onde residia. Após violar o equipamento, ele cruzou a fronteira de carro e seguiu até a capital paraguaia. O alerta de rompimento do dispositivo acionou imediatamente as autoridades brasileiras, que coordenaram a captura junto à adidância policial no país vizinho.
Fuga e uso de documento falso
No momento da abordagem, Silvinei Vasques portava um passaporte paraguaio original, mas que continha dados que não correspondiam à sua identidade real. A manobra reforçou a tese de tentativa deliberada de fuga para evitar o cumprimento de sua pena no Brasil.
O ex-diretor foi colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai e a expectativa é que ele seja expulso do país e entregue às autoridades brasileiras ainda nas próximas horas para a realização de uma audiência de custódia.
Condenação no STF
A tentativa de fuga ocorre apenas dez dias após Vasques ter sido condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). No último dia 16 de dezembro, a Corte fixou uma pena de 24 anos e seis meses de prisão por sua participação na chamada “trama golpista”.

O processo aponta que, durante o segundo turno das eleições de 2022, Vasques utilizou a estrutura da PRF para realizar blitze ilegais, principalmente na região Nordeste, com o objetivo de dificultar o deslocamento de eleitores.

Com a violação das medidas cautelares e a tentativa de fuga internacional, a liberdade provisória de que gozava enquanto aguardava recursos deve ser revogada imediatamente, com a conversão para prisão preventiva.
A defesa de Silvinei Vasques ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão no Paraguai.

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