(Foto: CEE Fiocruz)

Alimentação

Pandemia eleva consumo de ultraprocessados no Brasil

Segundo a pesquisa, os ultraprocessados estão associados a diferentes tipos de câncer, obesidade, síndrome metabólica e diabetes

Por Camylla Evellyn

A pandemia de covid-19 teve impacto negativo na alimentação da população brasileira, com aumento no consumo de alimentos ultraprocessados. É o que indica estudo que envolveu pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os dados foram coletados pelo Instituto Datafolha, numa parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, nos anos de 2019, 2020 e 2021, com amostras representativas da população adulta.

O trabalho mostra impactos diferentes de acordo com os estágios da pandemia e também mudanças alimentares resultantes da piora da condição financeira.

Mudança no consumo

Na comparação entre 2019 e 2021 e entre 2020 e 2021, houve diminuição significativa no consumo de cereais, hortaliças e frutas, e alta no consumo de refrigerante, biscoito doce, recheado, bolinho de pacote, embutidos, molhos e refeições prontas.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em 2014, sugere uma dieta baseada em alimentos in natura e minimamente processados. Segundo a pesquisa, os ultraprocessados estão associados a diferentes tipos de câncer, obesidade, síndrome metabólica e diabetes.

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