A Polícia Federal e a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) confirmaram que houve uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica de Jair Bolsonaro na madrugada deste sábado, 22 de novembro de 2025.
Um relatório técnico apontou que o equipamento apresentava “marcas de queimadura em toda sua circunferência”, indicando o uso de calor para tentar abrir o lacre.
Em um vídeo anexado ao relatório, o próprio ex-presidente admite a um policial penal que utilizou um “ferro de solda” no aparelho. Quando questionado sobre o motivo, ele alegou ter sido por “curiosidade”.
O sistema de monitoramento emitiu um alerta de violação à 00h07 de hoje. A equipe de segurança foi acionada e realizou a troca do equipamento pouco depois, à 1h09.
Esse incidente foi determinante para a decisão do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado citou o episódio como prova de que havia “risco de fuga”, argumentando que a violação da tornozeleira, somada à convocação de uma vigília por seu filho (que poderia gerar tumulto), indicava uma tentativa de evasão.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumentou que a violação não justificaria a prisão, pois o ex-presidente possui escolta policial 24 horas por dia na porta de sua casa, o que tornaria qualquer fuga impossível independentemente da tornozeleira.
