A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira, (8/2), uma operação para investigar uma organização criminosa que teria trabalhado para promover uma tentativa de golpe de Estado e Abolição do Estado Democrático de Direito. Esse grupo teria o objetivo de obter vantagens de natural politica para manter o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
A ação foi denominada de “Operação Tempus Vertatis”. As investigações apontam que o grupo se dividiu em núcleos de atuação com a intenção de disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022. Isso, antes do pleito, de forma a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em parceria com a Polícia Federal.
A PF revelou alvos da operação.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Walter Braga Netto, ex-ministro do Bolsonaro e candidato a vice-presidente de Bolsonaro em 2022. Além de general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha e general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operação Terrestre do Exército; Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, suposto chefe do esquema do “gabinete do ódio”.
Além da prisão de dois ex-assessores da presidênciada da República. Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens; Felipe Martins, ex-assessor internacional do governo Bolsonaro; Rafael Martins, major das Forças Armadas Especiais do Exército; Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
Bolsonaro é alvo da operação com o cumprimento de medidas cautelares, como a entrega do passaporte às autoridades em até 24 horas, segundo a TV Globo.