Cuidados

Queda em idosos é a principal causa de fraturas em punho, quadril e coluna; especialista do HRVJ orienta sobre prevenção

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, estima-se que uma em cada três pessoas com mais de 65 anos cai

Maria das Graças Andrade, de 76 anos, sofreu, no último dia 28 de julho, a segunda queda em menos de um ano. O acidente ocorreu no banheiro da casa dela, que fica em Limoeiro do Norte. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Ceará) foi acionado para socorrê-la e ela precisou ser internada no Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ).

Dona Maria é uma das 492 pessoas idosas que deram entrada na urgência e emergência do HRVJ no primeiro semestre de 2024 por causa de queda da própria altura. O número equivale a 9,55% do total de admissões no setor da unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o que acende um alerta para os cuidados que devem ser tomados para prevenir acidentes.

As quedas em idosos são as principais causas de fraturas em punho, quadril e coluna vertebral, podendo levar a uma internação prolongada, perda de independência e até mesmo morte precoce.

O caso de Maria das Graças é fratura no fêmur. A segunda em menos de um ano. “São muitos os cuidados que devemos ter. Todo cuidado é pouco, porque é muito ruim cair e se quebrar”, aconselha a aposentada.

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, estima-se que uma em cada três pessoas com mais de 65 anos cai. Os dados destacam ainda que, a cada 20 idosos que caem, um deles tenha uma fratura ou necessite de internação. Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Dos que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de queda é maior e chega a 50%.

O médico ortopedista e traumatologista do HRVJ, Filipe Guedes, explica que os idosos que carecem de maior atenção são aqueles acima de 65 anos com fraqueza muscular, osteoporose, dificuldade visual e de audição e, também, que usam muitas medicações, podendo levar a tonturas e quedas abruptas da pressão.

“Para prevenir esses acidentes, devemos fazer ajustes ambientais e biológicos. Devemos fazer com que esses idosos usem calçados presos na frente e atrás, devemos tirar tapetes de dentro de casa, iluminar os ambientes e fazer uso de barras em banheiros para apoio”, explica Filipe.

O especialista ainda ressalta que os sintomas após uma queda são edemas, inchaços e manchas roxas na região acometida e dificuldade de mobilização. Ele ainda chama a atenção para que seja solicitada ajuda para o paciente ter uma assistência médica o mais rápido possível e um diagnóstico completo do que causou a queda.

Texto: Joelton Barboza

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