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Denúncia

Tribunais de olho em altos cachês pagos para artistas por prefeituras do interior

Neste ano, três apresentações foram motivo de batalhas judiciais

Altos cachês pagos a artistas para fazerem shows em diversas prefeitura no interior do País têm sido alvos de denúncias de mau uso de recursos públicos terminam nos tribunais.

Neste ano, três apresentações foram motivo de batalhas judiciais. Foram os casos de Alexandre Pires, Léo Santana e Gusttavo Lima, tiveram shows orçados em média de R$ 250 mil a R$ 1,3 milhões.

O Globo citou alguns eventos que tiveram problemas. Em Embus das Artes (SP), o show de aniversário da cidade em 18 de fevereiro, com o Léo Santana foi cancelado e ficou suspenso por dois dias e só liberado horas antes. O vereador Albidan Henrique (PSB), conseguiu na Justiça embargar a apresentação. Ele alegou falta de transparência e irregularidade na forma de pagamento.

Já em Três Rios (RJ), um impasse entre a prefeitura e o Ministério Público antes do Carnaval por conta dos caches pagos Cláudia Leite, Alexandre Pires e Belo. Eles teriam recebidos, na ordem, R$ 500 mil, R$ 480 mil e R$ 250 mil. A festa aconteceu, mas as denúncias serão apuradas.

Na Bahia, o Ministério Público, conseguiu o cancelamento do show de Gusttavo Lima em Campo Alegre de Lourdes, marcado para 9 de fevereiro, data dos Festejos de Nossa Senhora de Lourdes. O valor de R$ 1,3 milhões apenas para o cantor. A promotora Thays Rabelo, afirmou que o contrato teria sido feito no período em que o município decretou estado de emergência por conta da seca na região.

Explicação

O publicitário especialista em marketing político Renato Pereira avalia que neste ano de eleição municipal esse tipo de evento tende a ser mais comum porque ajuda a popularizar os gestores — que discursam e marcam presença nos palcos —, além driblar a lei eleitoral, que proíbe a realização de apresentações em eventos de campanha:

— Eles promovem o atual gestor debaixo de uma capa de estímulo ao comércio e turismo da cidade. Fora que aumentam a desigualdade de forças entre quem tem o controle da máquina e os demais opositores, já que se os outros candidatos realizassem um evento desse tipo, seriam punidos pela lei eleitoral.

Nenhum município cearense foi citado na matéria.

Fonte: O Globo

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