Por Camylla Evellyn
Neste Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, 29 de agosto, especialista pontua que além de estar associado à doenças respiratórias e cardiovasculares, o cigarro também causa danos às estruturas ósseas do corpo humano.
“Ossos fortes são fundamentais para a qualidade de vida, permitindo a mobilidade e as atividades diárias. No entanto, o tabagismo pode comprometer a densidade mineral óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas”, explica a médica ortopedista Christine Muniz, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia e Traumatologia (SBOT-CE).
Riscos da fumaça
De acordo com pesquisas do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), a fumaça é a grande vilã do processo, pois, ao absorvê-la, 15% das células responsáveis pela condução do oxigênio deixam de funcionar adequadamente. Além disso, a inalação da fumaça aumenta em 60% o tempo da cicatrização de fraturas.
Segundo Christine Muniz, a nicotina e outras substâncias químicas presentes no cigarro interferem na absorção de cálcio pelo organismo, comprometendo a formação e manutenção de ossos saudáveis. “O resultado é um aumento significativo no risco de desenvolver osteoporose, uma condição na qual os ossos se tornam porosos e mais propensos a fraturas”, alerta.
Orientação
O abandono do tabagismo é a medida mais eficaz para proteger a saúde óssea e melhorar o prognóstico de doenças musculoesqueléticas. “O corpo tem uma notável capacidade de se recuperar após o abandono do tabagismo. A saúde óssea pode ser restaurada e a qualidade de vida melhorada”, assegura a ortopedista.