A presença de Capitão Wagner (União Brasil) e André Fernandes (PL) no lançamento da pré-candidatura do Senador Eduardo Girão (Novo) ao governo do estado intensifica as dúvidas sobre a consolidação do apoio da direita cearense a Ciro Gomes (PSDB).
Girão e André são as duas maiores forças do bolsonarismo e da direita conservadora no Ceará. Embora Ciro tenha se aproximado publicamente dessas figuras e de outros nomes do União Brasil e do PL, propondo uma “frente ampla” de oposição ao PT para as eleições de 2026, o movimento de Girão representa uma candidatura ideologicamente pura que se opõe justamente a essa aliança.
Eduardo tem criticado abertamente a tentativa de setores conservadores de se unirem a Ciro, defendendo a necessidade de uma “direita verdadeira” e desvinculada do histórico de centro-esquerda/nacionalista de Ciro Gomes.
Ao prestigiarem Eduardo Girão, Capitão e Fernandes sinalizam que a “porta purista” da direita continua aberta, mantendo-se como fiel da balança entre a frente ampla de Ciro e a alternativa mais ideológica de Girão, o que impede a unificação do campo anti-PT sob a liderança cirista.
