Por Camylla Evellyn
Menos chuvas e mais calor. Estes são alguns dos possíveis efeitos do fenômeno climático El Niño no Ceará no ano que vem. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, as condições para o retorno do fenômeno estão confirmadas. Agora o que resta saber é qual será a intensidade.
De acordo com Meiry Sakamoto, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as águas do Oceano Pacífico já estão mais quentes. A expectativa é que continuem a aquecer e até o fim do ano permaneçam quentes.
No Ceará, a preocupação com o evento climático está diretamente relacionada com a quadra chuvosa. Isso porque, em anos com o fenômeno, o volume de chuvas no Ceará costuma cair.
Entre os anos de 1997 e 1998, por exemplo, quando houve um El Niño forte, a quadra chuvosa ficou 54% abaixo da média histórica. Dos 600 milímetros tradicionais, choveu apenas 272.
Com as poucas chuvas, também diminui a nebulosidade e aumenta a quantidade de radiação solar. O cenário, portanto, é de aumento da sensação de calor.